quarta-feira, 14 de março de 2012

Scrap ID

Em tempos de relações globais cada vez mais as pessoas se voltam para a personalização, em busca de encontrar em cada coisa um pouco de si. No scrapbooking esta busca é ainda mais evidente. 

Mas não pense que vamos falar de produtos personalizados! Quero propor uma discussão sobre a nossa identidade no processo criativo! Carimbos, fitas, distress, tintas, máscaras, fitas, interatividade, strass, molduras... quais os tipos de técnicas e embelezamentos mais aparecem em seus trabalhos?  Saiba que a repetição destes e/ou outros detalhes em seus projetos ao longo do tempo podem acabar por definir sua identidade. Já faz 1 ano e 3 meses que me desenvolvo o scrap e busco por este processo que nada mais é resultado de tempo, pesquisa e maturidade.

Tudo começou com uma aula com a Tágide e pronto! Me encantei com as mágicas e transformadoras técnicas, cada movimento uma surpresa, cada detalhe um encanto. Resolvi então que faria deste mundo recheado de registros e interatividade minha profissão!
     
Começava aí uma trajetória desafiadora e árdua. Era preciso criar! Processo de transpiração e inspiração! E aos poucos iam surgindo projetos e fui percebendo nos detalhes a marca da minha personalidade, meu gosto, minha criação. E estes traços se repetiam em técnicas e formas sempre com um mesmo tom, um mesmo pano de fundo que hoje chamo de: IDENTIDADE! 

No meu caso as fitas, tags e journeys estão presentes em todos os meus projetos, assim como a interatividade. Quanto ao meu estilo, confesso que ainda não tenho isso ainda definido, mas o Freestyle talvez seja o mais perceptível. 

Aproveito o momento para perguntar a vocês: Uma obra de arte contém a identidade do artista que a fez? Ou é a representação visual de uma idéia presa apenas em uma técnica?
     
Pergunto ainda: Você percebe traços seus, que te identificam como artista, ao fazer sua arte, seu scrap? Ou o que você tem feito até hoje é copiar projetos sem pensar em desenvolver, criar e ousar em um estilo que amadureça ao ponto de servir de referência em técnicas e formas?

É muito fácil e cômodo sermos imitadores de quem cria. Portanto desenvolver o processo criativo vai muito além de pensar formas e cores de um layout. O processo criativo e a arte final são frutos do meio em que estamos inseridos e da nossa busca cultural, nossas leituras, músicas, lugares que conhecemos e tantas outras características ao nosso entorno, resultado do que nos alimentamos emocional e racionalmente. 

Certamente a maior parte dos artistas de renome se destacaram um dia e estão a frente de tantos outros porque se fartam de conhecimento e conseguiram traduzi-los de maneira singular! Daí a identidade ganha destaque por suas diferenças e marcas únicas! 
O que também reflete no âmbito comercial, já que quando disponibilizamos produtos diferentes, propostas diferentes, sempre haverá espaço para cada um no mercado, porque cada trabalho vai de encontro a um público alvo.

A identidade no contexto artístico é uma assinatura de longe percebida pelos que a admiram, portanto seja constantemente um observador crítico do seu próprio trabalho. A idéia é extrair o que há de subjetivo e individual em você mesmo na medida em que cria e visualiza seu projeto.    

Pense nisso! Você certamente seguirá um estilo que vai fazer parte da sua identidade.
 
Proponho um desafio: busque mesmo por sua identidade! Não há nada melhor que sermos reconhecidos por nossas marcas criadas ao longo do tempo, um exercício diário e interminável.
Bjs, Silvia Lima.







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