domingo, 30 de setembro de 2012

Pão e União = Scrapbook



A reunião do Grupo Simples Assim deste mês foi na minha casa, e para organizá-la pensei em unir o pão símbolo da vida e do amor com a arte que nós tanto gostamos que é o scrapbook.
Se joga... Amizade + Scrap = Alegria
 Um dia uma vizinha nos apresentou o Oráculo do Pão, li, pratiquei e passei a admirar a Magui que apresenta a forma de fazer o pão intencionando a massa. Na sua orientação ela diz: coloque uma música suave e acenda um incenso, ilumine o local com uma vela perfumada, inspire e expire com consciência, coloque-se de prontidão para receber com abundancia o que irá intencionar, agradeça este momento único da sua vida, permita que o sagrado entre, suave e sutilmente, retire então uma das 33 cartas do Oráculo do Pão e prepare a massa. 
E foi o que fiz e tirei para intencionar a carta CELEBRAÇÃO que diz: Aplaudir o raiar de um dia. Cantar a chuva que cai. Bailar com o bailar do vento. Saborear o pão. Beber momento por momento. Acolher o coração. Abençoar o caminhar. Brilhar. Brindar o fazer e o não fazer. Bendizer o dito e o não dito. Enxergar a eternidade em cada instante. E o sagrado na ALEGRIA DE VIVER.
Acho que o nosso encontro foi um momento especial e aproveitamos para cada uma intencionar sua vida e cada carta retirada foi partilhada e ouvimos muitas mensagens, palavras que precisávamos naquele momento para levarmos para as nossas vidas no nosso dia a dia e no nosso ofício.
Partilha do Oráculo
Lembrei-me da lição do fogo: Um membro de um determinado grupo, ao qual prestava serviços regularmente, sem nenhum aviso deixou de participar de suas atividades. Após algumas semanas, o líder daquele grupo decidiu visitá-lo. Era uma noite muito fria. O líder encontrou o homem em casa sozinho, sentado diante da lareira, onde ardia um fogo brilhante e acolhedor. Adivinhando a razão da visita, o homem deu as boas vindas ao líder, conduzindo-o a uma grande cadeira perto da lareira e ficou quieto, esperando. O líder acomodou-se confortavelmente no local indicado, mas não disse nada. No silêncio serio que se formara, apenas contemplava a dança das chamas em torno das rachas de lenha, que ardiam. Ao cabo de alguns minutos, o líder examinou as brasas que se formaram. Cuidadosamente selecionou uma delas, a mais incandescente de todas, empurrando-a para o lado. Voltou então a sentar-se, permanecendo silencioso e imóvel.  O anfitrião prestava atenção a tudo, fascinado e quieto. Aos poucos a chama da brasa solitária diminuía, até que houve um brilho momentâneo e seu fogo apagou-se de vez. Em pouco tempo o que antes era uma festa de calor e luz, agora não passava de um negro, frio e morto pedaço de carvão recoberto de uma espessa camada de fuligem acinzentada. Nenhuma palavra tinha sido dita desde o protocolar cumprimento inicial entre os dois amigos. O líder, antes de se preparar para sair, manipulou novamente o carvão frio e inútil, colocando-o de volta de volta no meio do fogo. Quase que imediatamente ele tornou a incandescer, alimentado pela luz e calor dos carvões ardentes em torno dele. Quando o líder alcançou a porta para partir, seu anfitrião disse: -Obrigado por sua visita e pelo belíssimo sermão. Estou voltando ao convívio do grupo. Deus te abençoe!

Que venha o nosso próximo encontro...

Jussara Bôtto